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CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DA MESA DOS 4 ABADES VALORIZA ALDEIAS DE PONTE DE LIMA – Inauguração realiza-se hoje à tarde.
3 Julho 2021A Câmara de Ponte de Lima inaugura hoje, às 17h00, o Centro de Interpretação das Aldeias da Mesa dos 4 Abades (CIAM4A), que visa a valorização do património cultural, rural e paisagístico circundante àquele “marco histórico”, foi ontem anunciado.
Em comunicado, o município refere que o CIAM4A, instalado num edifício de arquitetura tradicional, é o ponto de partida para a descoberta das aldeias da Mesa dos 4 Abades (Bárrio, Cepões, Calheiros e Vilar do Monte), mas também da freguesia da Labruja, “limitando a norte uma paisagem serrana única, que não pode ser desconstruída por limites administrativos”.
“Neste sentido, pretende-se promover e impulsionar novas abordagens de conhecimento rural, primando pelo desenvolvimento de um conjunto de iniciativas interpretativas relacionadas com o turismo cultural e paisagístico característico desta região, mais especificamente o turismo de natureza, disponibilizando assim uma oferta turística qualificada”, acrescenta aquele município do distrito de Viana do Castelo.
A iniciativa tem ainda como objetivos proteger, salvaguardar e gerir o património local, valorizando-o e divulgando-o, de forma a perpetuá-lo no tempo, e envolver a população local na divulgação e consequente preservação dos seus saberes tradicionais.
Melhorar e apoiar um conjunto de infraestruturas e equipamentos ligados aos caminhos pedestres e BTT/downhill e qualificar e certificar aquela área como património natural e cultural são outros dos objetivos.
A Mesa dos Quatro Abades data da Idade Média, rezando a tradição oral que há muito tempo sairia de cada paróquia a imagem de S. Sebastião em procissão, reunindo-se todos num local com uma mesa de pedra a pedir-lhe proteção.
No entanto, sublinha o comunicado, não se pode afirmar que a Mesa dos Quatro Abades derive deste encontro.
O comunicado alude a “uma outra história”, que dá conta de que no local onde está aquela mesa, confluência das quatro freguesias, se juntavam os abades (párocos) de cada uma delas e se sentavam cada um no banco de pedra dentro do território correspondente.
Aí discutiriam os problemas das suas paróquias, podendo os paroquianos participar nas discussões, havendo também partilha de farnéis.
A tradição foi recuperada nos anos noventa do século XX, substituindo-se os intervenientes abades pelos presidentes das juntas de freguesia, sendo também “obrigatória” a presença do presidente da Câmara.
In. Diário do Minho